O teto orçamentário definido para 2010 pela FIA conta com cada vez mais empecilhos para ser posto em prática. Várias equipes tem-se mostrado publicamente contra a limitação – que prevê alguns bônus para aqueles que a respeitarem, como liberdade para implementar soluções aerodinâmicas, possibilidade de realizar testes ilimitados (inclusive com túnel de vento) e o fim das limitações no desenvolvimento dos motores. Ferrari, Renault, BMW, Toyota e Red Bull já gritaram publicamente que são contra a medida, mas a Scuderia é quem anda fazendo maior alarde.

O presidente da equipe italiana, Luca de Montezemolo, garantiu que está disposto a retirar seus carros da F1 em 2010, caso a FIA não recue em relação ao limite de 40 milhões de Libras. Felipe Massa e Kimi Raikkonen também têm demonstrado enorme insatisfação. Conta-se que os italianos já estão avaliando até mesmo a possibilidade de competir na IndyCar ano que vem. Outros boatos contam que as equipes dissidentes estariam dispostas a criar uma nova categoria, regida pelo sempre astuto Bernie Ecclestone – que também tem se pronunciado contra a limitação. O período de inscrição de construtores para o campeonato de 2010 está próximo, a ocorrer no final do mês de maio, o que só aumenta a expectativa e cria um clima de grande indefinição.

A Ferrari sabe da importância que tem para a categoria liderada por Max Mosley, e há de se aproveitar disso para tentar impor suas vontades. É inimaginável um campeonato sem os carros vermelhos, certamente a F1 perderia em importância, talvez tenha mais a perder do que a própria Ferrari (que tem uma imagem fortemente vinculada aos monopostos). A pressão é grande, e não será surpreendente se a FIA mudar de idéia e ceder mais uma vez, como já ocorreu esta semana em relação aos critérios para o campeonato de pilotos do ano que vem. A conferir.
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